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Mostrando postagens de novembro 3, 2011

Antigo Eptáfio

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E assim o dia se fez noite A noite se tornou tão fria O frio corta como o açoite O açoite, que dor me fazia E o dia surgiu tão nublado De nublado se fez chuvoso Chuvoso me deixou molhado Molhado, triste, tão raivoso Pois vi nosso amor terminado Terminado, por tua insensatez A insensatez me deixou chocado Chocado pois brigamos de vez E assim morreu em mim o amor Amor que te dei com tanta ternura Ternura que me pagas-te com a dor Dor que levou o poeta a loucura... Um dia verás a grande besteira Besteira que fizeste por amigos Amigos que falam só asneira Asneira que te fez brigar comigo E agora ficaras em tua solidão Solidão que aos poucos te mata E ao te matar, mata meu coração O coração, aonde tu já não habita...

Filtro da alma

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Ando discutindo muito com meu estado E me arrepiando pouco, quase nada Me excitando com cada vez menos tempo Hoje a coisa anda tão antivida Que ouvi o frio sussurrando... Esse medo gelado, atravessando a garganta E ninguém sabe onde vai parar Ou, ao menos, eu não sei Às vezes não sei de nada E está tudo na ponta da língua Tanto que arde, por que mudar de assunto agora? E por que ainda ter assunto? Mais fácil o óbvio? Ou não? Perguntas com respostas cabisbaixas... Nunca me ajudam em nada Prefiro relatar o que eu mesmo vejo O que eu mesmo provo Disponho dos meus próprios ensejos E com minhas próprias vitórias Mesmo que secas do sol Mas, juro por Deus, sobre todo o amontoado de derrotas E ainda apontando para um “indo bem” Imagine que toda chuva seja ácida E que todo mundo está sem casa Agora imagine que você não está nem aí Esse tipo de insanidade tem me tirado o raciocínio Mas eu “estou aí”... E no fundo, no fundo... É isso que me acaba Estou tentando me ...

Peregrino

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Sou peregrino do mundo, nasci com uma missão sagrada, fui educado sempre no silêncio, cantava e ria rumo a escalada. Sou turista da vida desde mui criança, brincava e ria na poeira de estrelas, nos caminhos de flores e de tarde mansa, dizia ao mundo que podia vê-las. Sou peregrino do tempo e sozinho ando, com a roupagem do sonho e da ilusão. Pelos verdes prados ando buscando, a liberdade, a luz, e esta canção. Sou turista da sorte fui iluminado, pelos grandes mestres desta vida errante. Escrevendo e a declamar encantado, poesia sagrada de azul diamante. Sou peregrino da chuva, minha companheira, que forma poças que eu vivo a pisar. Maravilhado qual asas ligeiras, de beija - flores sempre a rodopiar. Sou turista do sol, filho de Rá, sou fonte de calor e muita energia, que espalho sempre, aqui e acolá, nos versos brandos da minha poesia. Sou peregrino do amor, dádiva divina, que recebi feliz tal doação. Andarilho da terra sou o peregrino, na busca incessante, ser s...

E há quem Duvíde !!!

já fiz amigos eternos já amei e não fui amado já fui amado e não amei já tentei esquecer pessoas inesquecíveis já vivi de amor já morri de amor já perdoei erros já fui perdoado já abracei pra proteger já fui abraçado para ser protegido já chorei sentado no chão do banheiro já fiz juras eternas que duraram pouco já chorei rindo ouvindo música e vendo fotos já liguei só pra escutar uma voz já me apaixonei por um sorriso e por um olhar já tive medo de perder alguém especial e acabei perdendo! já pensaram que nunca me perderiam e perderam! Enfim, sou normal!!!

A idade para a gente ser feliz

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Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.