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Mostrando postagens de novembro, 2011

Sinto falta do inexistente que jamais existirá

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Não sei por onde começar, nem tampouco o motivo pelo qual comecei... Mas já que comecei... Precisava começar... Não sei exatamente o que pensas e nem porque pensas Não sei exatamente o que sentes e nem o porque Sinto que és uma pérola mas não sinto minha E percebo que não é de hoje, mas sim de nunca... ou de sempre És alheio, como tudo é alheio Não entendo o que me ocorre a cada manhã... Não entendo o que fui, o que sou e menos ainda o que serei Tamanho aperto claustrofóbico espiritual que me assombra Como posso saber se o que faço é certo, se nem sei se certo sou? Instintos... Os tenho em abundância e é quase inútil cada tentativa sangrenta de enjaulá-los Minhas grades são muito frágeis e a distância entre cada uma muito vasta Que me perco em um mundo onde tudo é tão brutal Não posso negar que sinto falta dos primeiros olhares De amor e de receio De admiração e uma leve vergonha De não saberes quem sou Muito menos quem és Admiro profundíssimam...

Minha Mulher, Minha Menina

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Nada era proibido na nossa noite de amor Eu sabia que te amaria como Mulher, e menina! Te amei como Homem que busca prazer e dá prazer. Teu corpo tinha sabor de pecado, teu líquido sabor de mel Escorria por todo meu corpo, eu sentia delicioso sabor de amor Teus beijos me enlouqueciam, teus abraços me levavam a loucura Senti teu sexo me pedindo,chamando por mim... eu fui Seus seios enrijecidos ansiava por Minha boca quente Tua língua me levava a loucura, eu sentia o tremer do teu corpo Te amava, te amava.... Nossos corpos dançavam em cadência única. Freneticamente te levei ao céu e fui ao céu... Minhas pernas navegavam entre tuas pernas Juntas formavam um único caminho, um único encontro. Luzes brilhavam, estrelas no céu do nosso amor. Suspiros...Lamentos...Mãos que procuravam, línguas se encontrando, se enroscando... Buscando únicamente o clímax do amor. A noite passava e cada minuto representava muito mais que amor, Representava corpos, coração. Busquei então te...

Chorei Baixinho . . .

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Chorei baixinho... E a lagrima rolou... Por entre o silêncio... Que se fez triste em mim... Onde a brisa da saudade... Vestiu-me com os sonhos teus... No corredor vazio da alma... Invento-te e te chamo... Desejo-te e te procuro... Neste tudo que existe... Entre mim e você... Onde a esperança persiste... Onde teu nome desenho agora... Na lagrima que borrou este poema... Que nasceu de uma emoção sentida... Era uma lagrima de ternura... Onde a brisa suave desta tarde... Passa carinhosa... Pra me falar de ti Amor...

A Chuva e o Vento

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É meia-noite passada... ouço pingos na calçada o vento puxa a chuva pr’uma dança Bailam livres abraçados parecem dois namorados brincando sob o luar Cansados, cessam os pingos molhados, porém, sorrindo se deixam, se bem, não querem Observo da janela: o vento olha pra ela que se vai bela e distante Lá se foi rodopiando outras paisagens banhando cumprindo sua missão O vento se vê sozinho não vê mais outro caminho que não tenha a sua amada Temendo não ser aceito sentindo uma dor no peito foge gritando sua dor Mas ela o vê e o aceita -- Vento e Chuva se espreitam numa promessa de amor! Fecho o vidro da janela apago sorrindo a vela e me decido enfim dormir Durmo num doce alento sabendo que chuva com vento sempre haverá de existir!

Antigo Eptáfio

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E assim o dia se fez noite A noite se tornou tão fria O frio corta como o açoite O açoite, que dor me fazia E o dia surgiu tão nublado De nublado se fez chuvoso Chuvoso me deixou molhado Molhado, triste, tão raivoso Pois vi nosso amor terminado Terminado, por tua insensatez A insensatez me deixou chocado Chocado pois brigamos de vez E assim morreu em mim o amor Amor que te dei com tanta ternura Ternura que me pagas-te com a dor Dor que levou o poeta a loucura... Um dia verás a grande besteira Besteira que fizeste por amigos Amigos que falam só asneira Asneira que te fez brigar comigo E agora ficaras em tua solidão Solidão que aos poucos te mata E ao te matar, mata meu coração O coração, aonde tu já não habita...

Filtro da alma

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Ando discutindo muito com meu estado E me arrepiando pouco, quase nada Me excitando com cada vez menos tempo Hoje a coisa anda tão antivida Que ouvi o frio sussurrando... Esse medo gelado, atravessando a garganta E ninguém sabe onde vai parar Ou, ao menos, eu não sei Às vezes não sei de nada E está tudo na ponta da língua Tanto que arde, por que mudar de assunto agora? E por que ainda ter assunto? Mais fácil o óbvio? Ou não? Perguntas com respostas cabisbaixas... Nunca me ajudam em nada Prefiro relatar o que eu mesmo vejo O que eu mesmo provo Disponho dos meus próprios ensejos E com minhas próprias vitórias Mesmo que secas do sol Mas, juro por Deus, sobre todo o amontoado de derrotas E ainda apontando para um “indo bem” Imagine que toda chuva seja ácida E que todo mundo está sem casa Agora imagine que você não está nem aí Esse tipo de insanidade tem me tirado o raciocínio Mas eu “estou aí”... E no fundo, no fundo... É isso que me acaba Estou tentando me ...

Peregrino

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Sou peregrino do mundo, nasci com uma missão sagrada, fui educado sempre no silêncio, cantava e ria rumo a escalada. Sou turista da vida desde mui criança, brincava e ria na poeira de estrelas, nos caminhos de flores e de tarde mansa, dizia ao mundo que podia vê-las. Sou peregrino do tempo e sozinho ando, com a roupagem do sonho e da ilusão. Pelos verdes prados ando buscando, a liberdade, a luz, e esta canção. Sou turista da sorte fui iluminado, pelos grandes mestres desta vida errante. Escrevendo e a declamar encantado, poesia sagrada de azul diamante. Sou peregrino da chuva, minha companheira, que forma poças que eu vivo a pisar. Maravilhado qual asas ligeiras, de beija - flores sempre a rodopiar. Sou turista do sol, filho de Rá, sou fonte de calor e muita energia, que espalho sempre, aqui e acolá, nos versos brandos da minha poesia. Sou peregrino do amor, dádiva divina, que recebi feliz tal doação. Andarilho da terra sou o peregrino, na busca incessante, ser s...

E há quem Duvíde !!!

já fiz amigos eternos já amei e não fui amado já fui amado e não amei já tentei esquecer pessoas inesquecíveis já vivi de amor já morri de amor já perdoei erros já fui perdoado já abracei pra proteger já fui abraçado para ser protegido já chorei sentado no chão do banheiro já fiz juras eternas que duraram pouco já chorei rindo ouvindo música e vendo fotos já liguei só pra escutar uma voz já me apaixonei por um sorriso e por um olhar já tive medo de perder alguém especial e acabei perdendo! já pensaram que nunca me perderiam e perderam! Enfim, sou normal!!!

A idade para a gente ser feliz

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Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-las a despeito de todas as dificuldades e obstáculos. Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo, nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida, a nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor. Tempo de entusiasmo e coragem em que todo o desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.